top of page
Foto do escritorCláudia Lemes

O mundo de John Wick

John Wick merece destaque por diversos motivos: lutas bem coreografadas, ambientações atraentes e adrenalina contínua. É pelo seu worldbuilding, no entanto, que a história cativa até um público que não é fanático por filmes de ação.


A genialidade está justamente na ausência de info-dumping: o roteiro não conta nada ao espectador, e sim, cria uma conversação, onde com poucas informações a plateia consegue ter uma boa noção das regras do submundo apresentado. Regras essas que vão ficando mais interessantes a cada filme, sem fazer com que a linguagem do filme fique presunçosa ou confusa.


O primeiro filme funciona quase como uma narrativa slice-of-life, mostrando o desenrolar das ações dos personagens secundários como se estivéssemos vendo só mais um dia na vida deles. O que não é dito é tão importante quanto os diálogos, pois é através de gestos e trocas de olhares que conseguimos deduzir muito sobre as relações entre personagens e a etiqueta do submundo criminoso dos filmes.


É claro que artefatos como promissórias, ternos à prova de balas e as regras dos hotéis Continental, por exemplo, são explicados, mas mesmo nessas situações, há economia nas palavras. A entonação e as pausas nos diálogos são elementos tão carregados de significado quanto os personagens de apoio, como o policial que bate à porta de Wick, a equipe encarregada de limpar os corpos e o segurança do Red Circle. Nada sobre a backstory desses personagens é explicado, nem a história previa com Wick. Há certa generosidade no roteiro, que nos permite especular, participando ativamente do processo de construção desse mundo.





Sobre o curso para escritores, O Worldbuilding de John Wick:


O conceito de worldbuilding – a criação de um mundo fictício complexo, palco para a história que será contada – é frequentemente negligenciado por autores de gêneros não fantásticos. A criação de mundos, no entanto, está intimamente ligada à singularidade de uma história, seja ela de romance de época ou um thriller de crime.


Neste curso, desenvolvido pela criadora dos cursos BOLD, VIP, Santa Adrenalina e Crime-lab, vamos estudar os primeiros três filmes da franquia John Wick para exemplificar como é possível criar camadas verossímeis, criativas e altamente envolventes para histórias centradas no mundo real.


Aulas: via Google Meet, no PC ou celular, ao vivo, em dois encontros aos sábados.

Dias: 7 e 14 de agosto de 2021.

Horários: 15h-17h.

Investimento total: R$ 79,90 (parcelados em até 12x).

Em até 48 horas você receberá um e-mail confirmando sua inscrição.

Atenção: as aulas não ficam gravadas. O curso é no formato ao vivo para que os alunos possam interagir e tirar dúvidas com a instrutora.

276 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page