Quais são os livros que mais vendem, no Brasil?
Enquanto os livros de ficção ganham cada vez mais espaço entre os leitores – em especial os jovens -, o brasileiro ainda tem preferência pelas obras de não-ficção, como autoajuda, biografias e livros religiosos e espirituais.
Quase todos nós buscamos maneiras de melhorar nossas vidas, e aliados à cultura cada vez mais obcecada com o sucesso e as aparências, não é de se espantar que os livros prometendo a dieta perfeita, a fórmula mágica das finanças ou uma relação mais significativa com seu parceiro ou espiritualidade, vendam milhares de exemplares por mês.
Se você está aqui, é porque já leu alguns ou muitos livros assim, e acredita ter algo a ensinar às pessoas. A melhor maneira de fazer isso, alcançando um grande público, é por meio da escrita e publicação da sua própria obra. Ser especialista num assunto, no entanto, não significa que você seja um escritor.
Este post existe para ajudar você na missão de escrever seu próprio livro de autoajuda.
Em primeiro lugar… quem é você?
Vamos ser sinceros: os leitores não vão comprar um livro de um completo desconhecido, alegando conhecer o segredo da felicidade. Embora algumas pessoas – empresários, nutricionistas, coaches – tenham usado livros para aumentar sua autoridade em determinado assunto, muitas vezes por meio de vanity press (ou seja, pagando uma editora para publicar a obra), você precisa de fato ser um especialista no que faz para estabelecer confiança no público.
Por isso, a primeira coisa que deve fazer é ter essa autoridade confirmada. Você pode fazer isso por meio de:
Números: Quantos milhões ganhou aplicando seu método? Quantos assinantes tem seu canal no YouTube? Quantas vidas foram transformadas pela sua dieta? Quantas medalhas você conquistou?
Nível de especialização: Qual é o seu currículo acadêmico? Por quantos anos se dedicou ao estudo desse assunto? Onde foi convidado a lecionar ou palestrar sobre o assunto? Qual é seu PhD? Por quantos anos trabalhou em tal área?
Endosso de famosos: Quem são os famosos que testaram seu método e gostaram? O que eles estão dispostos a falar, publicamente, para endossar você e o que está oferecendo?
Caso você não tenha nenhuma informação para corroborar sua autoridade no assunto, entenda que será muito difícil vender seu livro. Talvez seja melhor comprovar a eficácia do que propõe, antes de tentar escrever um livro sobre o assunto. Não se desespere: essa é a oportunidade para você começar a tomar notas, para que daqui a alguns anos, transforme-as na obra que deseja publicar.
Saiba o que está escrevendo e não seja vago
O que você tem em mãos é um livro de autoajuda ou autoaperfeiçoamento, uma autobiografia, um livro de memórias, uma biografia empresarial ou biografia familiar? Você precisa saber qual é o objetivo do seu livro e seu público-alvo antes de qualquer outra coisa.
O tom do seu livro será prático, inspiracional, ácido ou provocativo? Você está contando a história de um time de futebol, ensinando alguém como potencializar seus treinos na academia ou quebrando paradigmas sobre a educação de filhos?
Quanto mais específico, melhor. Complete as frases abaixo, para definir o que está escrevendo:
O meu leitor é ____________________________________________________.
Esse leitor tem um problema, __________________, que eu vou ajudá-lo a resolver, ensinando-o a ___________________________.
Como vou ensinar isso ao meu leitor? Com _____ passos / Com ____ técnicas / Com uma lista de ____ ____.
Exemplo: a minha leitora é a mulher que está entrando na menopausa e não consegue perder peso ou manter uma dieta equilibrada. Vou ajudá-la a resolver este problema com a Dieta Infalível XYZ. Como vou ensinar essa dieta à minha leitora? Com 4 passos que ela irá incorporar no seu dia-a-dia; no preparo de seus alimentos, na hora de fazer compras, na prática dos seus exercícios e nas afirmações que fará ao espelho diante da imagem do seu corpo.
Caso sua proposta seja vaga, tipo “vou ensinar meu leitor a ser mais feliz” ou “vou mostrar para meu leitor como superei meus desafios”, seu livro falhará.
Hoje em dia, todo mundo está vendendo sonhos. Você só terá um bom livro e conquistará leitores com uma linguagem sem enrolação, com aplicação prática, no mundo real.
Não adianta falar para o leitor “Você precisa organizar melhor a sua vida para ser feliz.” Você tem que mostrar a ele COMO fazer isso, por meio de passos detalhados, tendo em mente o estilo de vida, dores e dificuldades do seu público-alvo.
Estrutura é tudo de bom
Quando um romancista ou roteirista vai escrever uma história ficcional, ele precisa pensar profundamente na estrutura dessa história, nos arcos dos seus personagens, nos temas que estão explorando, em pontos de virada, conflitos internos e externos… Acredite, escrever não-ficção não isenta você de ter que pensar em COMO vai escrever seu conteúdo.
Estude estruturas. Saiba organizar seu livro em partes que, juntas, contem uma história maior. Aprenda a fazer a exposição do problema, mostrar como ele pode ser resolvido e depois como seu leitor pode fazer a manutenção da solução – e expandi-la -, a longo prazo. Mostre os desafios e conflitos, dê ritmo a sua narrativa, de forma que o leitor sempre sinta que está progredindo, e deixe claro, no final, o que foi aprendido.
Comece fazendo um esqueleto da sua obra, com o objetivo de organizar seu conteúdo, temas, informações e lições.
Surpreenda o leitor, sempre
MOSTRE as lições principais por meio de histórias pessoais ou anedotas da área ou mercado relevante. Dê exemplos reais das suas afirmações. Cite o histórico do assunto sendo abordado. Lembre-se sempre de quem seu leitor é e converse diretamente com suas angústias, medos e dores. Cite suas fontes, cite outros estudos, mostre outras teorias, deixe claro o que é e o que não é invenção sua. Seja objetivo e específico, e claro, acredite firmemente na mensagem que está passando.
E se eu não conseguir escrever meu livro de autoajuda porque...
- Não tenho tempo;
- Sou ótimo no que faço, mas não sei escrever;
- Prefiro que meu livro seja escrito por um profissional.
Contrate um ghostwriter! No entanto, cuidado. Há muitos picaretas nesse mercado, assim como em todos. Para saber tudo sobre ghostwriting e como fugir de armadilhas, leia primeiro este artigo rápido.
Sou ghostwriter com formação, prêmios literários e prática no mercado e adoraria ajudá-lo a escrever seu livro. Entre em contato, me contando:
- Qual tipo de livro gostaria de escrever;
- Tamanho aproximado da obra (100, 150, 200 páginas, aproximadamente);
- Forma de publicação desejada (publicação tradicional em editora, agente literário, autopublicação, financiamento coletivo etc).
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